A festa era grande demais para comemorar os dez quilômetros de recapeamento da AL 220, num trecho entre Arapiraca e uma comunidade próxima. Tinha carro de som, meninos trajando fardamento da escola pública da localidade e um punhado de curiosos com atenção voltada para um sujeito vestido num terno cor de rosa, que parecia mais um cabo eleitoral da Tereza Nelma. Mas não poderia ser, pois, no nosso modelo eleitoral rola muita coisa esquisita, mas ainda não temos vereador estadual.
De vez em quando éramos sobressaltados com os tiros dos fogos de artifícios, ainda bem que eram fogos... Do jeito que a coisa anda, qualquer tirinho mete susto. Mas tudo estava pronto para o cortamento de fitas, com direito a discursos e tudo mais, só faltava o “cara”, que não era outro senão o governador. Ele mesmo, o que tem o nome do menestrel das Alagoas, e, que iniciou o mandato fazendo o maior reboliço da história desta nossa terra, causando o descontentamento de todas as categorias dos servidores públicos estaduais.
Foram greves longas, que nós pagamos em dia, sem atraso de salários. Atraso só na nossa vida, como sempre, somos nós que pagamos o pato. Se o “cara” apronta, sobra pra nós, se a turma dos muitos que já não gostam de trabalhar faz greve, sobra também pra nós, que já dispomos da prestação de um serviço público que deixa muito a desejar. Mas essa é uma história pode ser contada em outra oportunidade. Voltemos à inauguração dos dez quilômetros de recapeamento.
O governador chegou acompanhado de uma frota de carros, muitos deles oficiais, que mais parecia carreata eleitoral e junto com ele estava o inseparável senador, aquele mesmo, o do escândalo sexual que lhe custou a Presidência do Senado e uns pontinhos a menos, na coleção dos prestigiados e prediletos freqüentadores do Palácio do Planalto.
Iniciado os discursos, eu tirei os meus retratinhos para serem publicados na página de política da Gazeta de Alagoas e fiquei dando um giro pela periferia do pequeno público, com a intenção de ouvir alguns comentários. Afinal de contas, o prestigio do “cara” não estava lá muito grande, muito pelo contrário. Percebi que atento às suas palavras, só os que faziam parte da caravana e uma meia dúzia de pessoas que queriam tirar proveito da presença dele, naquela comunidade.
O sol estava abrasador, fui procurar abrigo debaixo de uma árvore, num pequeno espaço que sobrou entre dois cidadãos, exatamente hora em que o governador anunciava para o senador e convidava o mesmo a ficar preparado, pois, a partir daquela data, toda semana estaria inaugurando uma obra e disse: “acredite, senador, que não serão poucas, vamos fazer uma obra atrás da outra”. Um dos cidadãos que estava ao meu lado resmungou para o outro: “Agora é que o homem vai fazer merda”.
Não sei se “honestamente”, mas acho que nunca se fez tanta...
De vez em quando éramos sobressaltados com os tiros dos fogos de artifícios, ainda bem que eram fogos... Do jeito que a coisa anda, qualquer tirinho mete susto. Mas tudo estava pronto para o cortamento de fitas, com direito a discursos e tudo mais, só faltava o “cara”, que não era outro senão o governador. Ele mesmo, o que tem o nome do menestrel das Alagoas, e, que iniciou o mandato fazendo o maior reboliço da história desta nossa terra, causando o descontentamento de todas as categorias dos servidores públicos estaduais.
Foram greves longas, que nós pagamos em dia, sem atraso de salários. Atraso só na nossa vida, como sempre, somos nós que pagamos o pato. Se o “cara” apronta, sobra pra nós, se a turma dos muitos que já não gostam de trabalhar faz greve, sobra também pra nós, que já dispomos da prestação de um serviço público que deixa muito a desejar. Mas essa é uma história pode ser contada em outra oportunidade. Voltemos à inauguração dos dez quilômetros de recapeamento.
O governador chegou acompanhado de uma frota de carros, muitos deles oficiais, que mais parecia carreata eleitoral e junto com ele estava o inseparável senador, aquele mesmo, o do escândalo sexual que lhe custou a Presidência do Senado e uns pontinhos a menos, na coleção dos prestigiados e prediletos freqüentadores do Palácio do Planalto.
Iniciado os discursos, eu tirei os meus retratinhos para serem publicados na página de política da Gazeta de Alagoas e fiquei dando um giro pela periferia do pequeno público, com a intenção de ouvir alguns comentários. Afinal de contas, o prestigio do “cara” não estava lá muito grande, muito pelo contrário. Percebi que atento às suas palavras, só os que faziam parte da caravana e uma meia dúzia de pessoas que queriam tirar proveito da presença dele, naquela comunidade.
O sol estava abrasador, fui procurar abrigo debaixo de uma árvore, num pequeno espaço que sobrou entre dois cidadãos, exatamente hora em que o governador anunciava para o senador e convidava o mesmo a ficar preparado, pois, a partir daquela data, toda semana estaria inaugurando uma obra e disse: “acredite, senador, que não serão poucas, vamos fazer uma obra atrás da outra”. Um dos cidadãos que estava ao meu lado resmungou para o outro: “Agora é que o homem vai fazer merda”.
Não sei se “honestamente”, mas acho que nunca se fez tanta...
2 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ah, esses "figurões"... fazem da nossa bela Alagoas uma verdadeira Sucupira!!! Ainda bem que nem todo mundo é besta. No meio do povo, sempre tem gente esperta!
Adoro quando vc pesca esses comentários e os divide com a gente!
Bjão!
O bom das matérias são os comentários daquela pessoa ali encostada, que parece não ter nada com nada...ela sempre fala a verdade, que a maioria evita..adoro!
bjos =)
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