sábado, 11 de abril de 2009

Ô MARÉ!

Aquela maré não estava pra peixe, principalmente, tratando-se de um peixe tão minúsculo, fácil de ser arrastado até a areia e ficar naquele vai e vem das ondas que iam e voltavam, em movimentos repetidos como se estivesse a fim de livrar-se do coitado, que cada vez era arremessado mais longe. Pela primeira vez na vida eu era um peixe e não estava gostando nada da experiência.

De repente, senti que estava no ar, fui jogado longe da linha da maré, não tinha como voltar para água e tinha dificuldade para respirar, era uma sensação terrível, estava asfixiado e naquela hora, qualquer poça de lama seria para mim um verdadeiro oásis. Estava perdido naquele mar de areia e o meu destino, pelo visto, não era nada bom.

Espera aí! Como vim parar dentro de um aquário cheio de peixes mal encarados e dentuços, bem maiores que eu? Não era correto o que estava acontecendo comigo, não acredito que fosse merecedor de tudo aquilo. Precisava sair daquele aquário urgente, antes que virasse refeição para aquela galera, que não tinha nenhum compromisso com a minha saúde.

Precisava encontrar uma saída antes que fosse devorado, mas que situação... Se saltasse fora do aquário, não teria como sobreviver. Se ficasse seria o antepasto do dia. Quando tudo parecia perdido, a salvação! Alguém colocara um copo d’água ao lado do aquário, eu só teria que fazer um impulso com força suficiente para saltar e alcançar o copo d’água, que para mim mais parecia uma piscina.

Reuni todas as forças que me restavam e me arremessei de dentro do aquário e dessa vez quando ainda estava no ar, não pude ver o que aconteceu em seguida...

Acordei!!!

Um comentário:

Paulinha Felix disse...

Achei massa, desde quando vc contou este sonho lá na hora do almoço! Mas ficou melhor ainda assim, em palavras.

Muito bom mesmo!