Era de longe que se ouvia o seu cantar tamanha era sua alegria e afoiteza. Tinha força e disposição para vencer qualquer obstáculo à sua frente. Em certos momentos, parecia até, que estava furioso tamanho era o reboliço que fazia, antes de sair peitando as pedras, moldando o leito aonde ia se deitar e deslizar sereno, no rumo do mar.
É verdade, desde quando resolveu descer as serras lá dos Gerais e deixar para traz as terras férteis e verdejantes onde nasceu, é porque queria ser do mar. Era lá que tinha que chegar carregando consigo, uma história, cheia de lendas e mitos, de prosas e cantorias, de alegrias e sofrimentos, de resistência e bravura. História contada por uma gente barranqueira, que não fraqueja na fé que alimenta a esperança de que esse velho amigo vai sempre reunir forças suficiente para resistir a tantos maus tratos.
Dói de tristeza não ouvir mais o cantar do “Velho Chico”, saltando do topo da cachoeira que não existe mais (Paulo Afonso), pra deitar seu corpo por inteiro num sertão necessitado que é e maculado de tanta sede e precisão. Que vive à margem do progresso prometido com a construção das hidroelétricas, e, ainda tem que presenciar o sofrimento do rio São Francisco – o maior presente de Deus para os sertões nordestinos – definhado em seu leito, numa agonia premeditada pela ignorância de quem estudou para ser “inteligente”.
Calaram-lhe a voz...
E o que é pior: não desistem nunca de atentarem contra sua saúde minando cada vez mais as suas forças. A ignorância é insistente na sua agressividade. Mas mesmo agonizante e enfermo; carente que está de cuidados, o Velho Chico continua teimoso no seu caminhar, levando nas suas águas toda esperança e toda a fé, de um povo que quer vê-lo vivo e sadio, entrando no mar, com toda aquela afoiteza que Deus lhe deu e que só a inteligência dos burros, ainda teima em querer tirar!
É verdade, desde quando resolveu descer as serras lá dos Gerais e deixar para traz as terras férteis e verdejantes onde nasceu, é porque queria ser do mar. Era lá que tinha que chegar carregando consigo, uma história, cheia de lendas e mitos, de prosas e cantorias, de alegrias e sofrimentos, de resistência e bravura. História contada por uma gente barranqueira, que não fraqueja na fé que alimenta a esperança de que esse velho amigo vai sempre reunir forças suficiente para resistir a tantos maus tratos.
Dói de tristeza não ouvir mais o cantar do “Velho Chico”, saltando do topo da cachoeira que não existe mais (Paulo Afonso), pra deitar seu corpo por inteiro num sertão necessitado que é e maculado de tanta sede e precisão. Que vive à margem do progresso prometido com a construção das hidroelétricas, e, ainda tem que presenciar o sofrimento do rio São Francisco – o maior presente de Deus para os sertões nordestinos – definhado em seu leito, numa agonia premeditada pela ignorância de quem estudou para ser “inteligente”.
Calaram-lhe a voz...
E o que é pior: não desistem nunca de atentarem contra sua saúde minando cada vez mais as suas forças. A ignorância é insistente na sua agressividade. Mas mesmo agonizante e enfermo; carente que está de cuidados, o Velho Chico continua teimoso no seu caminhar, levando nas suas águas toda esperança e toda a fé, de um povo que quer vê-lo vivo e sadio, entrando no mar, com toda aquela afoiteza que Deus lhe deu e que só a inteligência dos burros, ainda teima em querer tirar!
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